COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
A Reforma Financeira de 1964 (Lei 4.595/ 31.12.1964) que criou o Banco Central e definiu os rumos do novo capital financeiro no Brasil impos normas ao cooperativismo de crédito. O capital financeiro passou a monopolizar o “mercado do dinheiro”, causando também a desarticulação do “sistema de cooperativas de crédito” então existente. Isto contribuiu para dificultar o acesso e elevou os custos do dinheiro para os setores de média e de baixa renda. O Banco Central, novo núcleo de poder deste sistema financeiro, a partir de 1966 passou a intervir através de normas internas, restringindo a ação das cooperativas de credito, impedindo-as de competirem ou complementarem o sistema emergente no “mercado de dinheiro”. A imposição da padronização dos cheques, da magnetização e os custos da compensação excluiu muitas cooperativas, veio fundamentado nos argumentos de modernização.
Na atualidade, o Brasil tem duas estruturas de cooperativas de crédito que estão confluindo para os dois Bancos Cooperativos existentes. O crédito mútuo urbano articula “categorias profissionais” e se desenvolve ainda basicamente em empresas e instituições fechadas. É um cooperativismo de grande potencial econômico e social, com fortes barreiras e oposições do setor do capital financeiro. Nas empresas a resistência às cooperativas de crédito, acontece devido a que os membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal ganham “estabilidade no trabalho”, enquanto exercem cargos na cooperativa. Esse tipo de cooperativa, adequadamente promovidas e organizadas, significam um grande potencial econômico e produtivo para o sistema econômico em seu conjunto. O crédito rural, articulado em central de cooperativas de crédito, separada da urbana, está ainda por explorar sua forte potencialidade comunitária e de desenvolvimento local, podendo transformr-se em instrumento de articulação do cooperativismo de base territorial regional. Está por ser desenhada essa estratégia, que toma maior importância em um país de dimensões territoriais e grandes distâncias, mas com boa estrutura de comunicação. Os denominados Ramos do Cooperativismo ainda contempla, entre outros, as seguintes modalidades de cooperativas:
a- Agropecuário: são cooperativas de produtores rurais, através da organização cooperativa agregam valor no mercado ou adquirem bens a preços menores.
b- Educação. São cooperrativas foarmadas por pais que buscam através da cooperativa melhor educação a custos mais acessíveis. Na aréa da educação temos com objetivos diferentes do primeiro, os professores que organizam uma cooperativa para fazer seu trabalho chegar ao mercado. Existem também cooperativas de jovens alunos nas Escolas Técnicas Agrícolas.
c- Habitação. São cooperativas de usuários visando a obtenção a menor custo de habitação em forma cooperativa.
d- Saúde. É uma cooperativa de trabalho (médicos, odentologos, psicologos, etc) integrada por profissionis de saúde e também de usuários de saúde para obter melhor serviço de saúde.
e- Infra-estrutura. São cooperativas de usuários de serviços de eletricidade, telecomunicações ou outras modalidades similares.
f- Especiais. É uma categoria de cooperativa de trabalho, especialmente na área de deficientes, (ver Cooperativas Sociais)
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