HIGIENE E SEGURANÇA INDUSTRIAL

HIGIENE E SEGURANÇA INDUSTRIAL

O problema de higiene e da segurança no trabalho foi, e é sempre uma preocupação dos sindicatos na sua luta para melhorar suas condições de trabalho. Para o empregador, para o Estado, para as empresas de seguro é uma preocupação mais econômica e de custos, do que com a vida mesmo do trabalhador. Sem mencionar as doenças denominadas profissionais, causadas pelas más condições de trabalho e que a longo prazo causam a morte. Na área de acidentes do trabalho o Brasil é um dos campeões.

Engels, no famoso estudo sobre as condições da classe trabalhadora na Inglaterra em 1844, dizia que havia tantos aleijados em Manchester que a população parecia um exército que regressava da guerra. Desde o final dos anos 1710 os conflitos e a pressão contínua buscavam melhorar as condições de trabalho e em 1802 é promulgada um das primeiras leis para “proteger a saúde e a mortalidade dos aprendizes”.

No plano internacional se desenvolve intensa atividade desde o final do século passado (1889), quando se realiza o I Congresso Internacional sobre Acidentes de Trabalho. Toda esta atividade se projeta em instituições ligadas à OIT. Em 1954 é fundado o Centro Internacional de Informação sobre Segurança e Higiene do Trabalho-CIS. As publicações na área, sobre todos os aspectos do trabalho, alcançam algumas centenas incluindo enciclopédias. Nos diversos países vários profissionais se arvoram em monopolizar o conhecimento e normatização desta área, desde médicos até engenheiros e militares (segurança). O certo é que desde o ponto de vista profissional esta questão tende a ser interdisciplinar. Desde o ponto de vista sindical é vital como apropriação do processo produtivo, e defesa do espaço onde o trabalhador passa grande parte de sua vida. Aqueles que tenham interesse no termo convém solicitar bibliografia á OIT. No Brasil, as Centrais Sindicais, o DIESAT, a FUNDACENTRO oferecem publicações e promove cursos.(ver: Acidente, Cipa, Diesat)