MAIO (1o DE)
Em Setembro de 1866 o 1oCongresso da I Internacional votou uma resolução de luta pela jornada de 8 horas. A decisão chega aos Estados Unidos e em 1884 o 4oCongresso da Federação de Agrupamentos do Comércio e a União dos Trabalhadores nos Estados Unidos, declarou que nenhum operário deve trabalhar mais que 8 horas. Tornando histórica a célebre divisão do dia em 3 (três) x 8 (oito) realizada pelo Rei Alfredo da Inglaterra. Passou-se a considerar que o homem deveria trabalhar 8 horas, repousar 8 horas e dedicar 8 horas ao estudo e recreação. A redução da jornada a 8 horas era considerado o primeiro passo para a emancipação do trabalho.
O 4oCongresso dos Sindicatos Americanos em 1884 decide realizar uma greve geral para a conquista das 8 horas e escolheu o dia 1o de Maio de 1886 para o seu início. A greve realmente eclodiu paralisando mais de cinco mil fábricas e 340.000 operários. Em Chicago os acontecimentos se precipitaram e em uma concentração no dia 4 de Maio na Praça Haymarket um agente provocador lançou uma bomba na multidão, ferindo policiais e desencadeando um massacre e uma perseguição ao movimento sindical, sendo presos e posteriormente enforcados os líderes do movimento, os quais ficaram conhecidos como os Mártires de Chicago (Albert Parsons, August Spies, Adolfo Fischer, George Engel e Lovis Lingg). Em 1893 a justiça reconheceu que eles não haviam cometido crime algum.
Hoje 1ode maio é comemorado em todos os países como um feriado sem perguntar-se pela origem. A A.F.L. no seu congresso de Dezembro de 1888 decidiu comemorar as vitimas do Haymarket com manifestações por todo o país, a partir de 1o de Maio de 1890. Depois de muitas polêmicas no Congresso dos partidos social-democratas, realizado em Paris no ano de 1889 decidiu-se apoiar a AFL e o 1o de Maio como o Dia Internacional do Trabalho.
A Internacional Socialista criada em 1891 confirmou a decisão e já vão 100 anos que o 1o de Maio tornou-se um símbolo do internacionalismo e de esperança dos trabalhadores de todo o mundo.
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