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terça-feira, 4 de março de 2008

PRINCIPIOS DO COOPERATIVIMO

PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO

Os princípios constituem o “software” de funcionamento adequado do “sistema econômico e social cooperativista”. Em 1844, com a formalização da primeira cooperativa em Rochdale, na Inglaterra, os 28 pioneiros, recolhendo vasta experiência anterior, estabeleceram uma Plataforma com base em alguns Valores e Princípios que são observados até o presente momento. Os Princípios normatizadores do cooperativismo vão se ajustando às mudanças e à diversidade cultural do mundo. O penúltimo ajuste foi em Viena em 1966 e o último em 1995 no “Congresso do Centenário do Cooperativismo”. Após amplos estudos e debates os Princípios sofreram pequenos ajustes à luz das transformações sócio-econômicas que estão ocorrendo na atualidade e a redação final dos Princípios dos Pioneiros de Rochdale ficaram resumidamente assim estabelecidos:

1. Adesão livre e Voluntaria
As cooperativas são organizações abertas a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades como sócios, sem discriminação social, racial, política ou religiosa e de gênero.
2. Controle Democrático pelos Socios
As cooperativas são organizações democráticas, controladas por seus sócios, os quais participam ativamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões. Nas cooperativas singulares, os sócios têm igualdade na votação (um sócio, um voto), independente do volume de quotas-partes.
3. Participação econômica dos Sócios
Os sócios contribuem de forma eqüitativa e controlam democraticamente o capital de suas cooperativas. Parte deste capital é de propriedade comum das cooperativas. Usualmente os sócios recebem juros limitados (se houver algum) sobre o capital, como condição de sociedade. Os sócios destinam as sobras aos seguintes propósitos: desenvolvimento das cooperativas (possibilitando a formação de reservas, parte destas podem ser indivisíveis); retorno aos sócios na proporção de suas transações com as cooperativas e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelos sócios.
4. Autonomia e Independência
As cooperativas sao organizações autônomas para ajuda mútua, controladas por seus membros. Entrando em acordo operacional com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, elas devem fazê-lo em termos que preservem o seu controle democrático pelos sócios e mantenham sua autonomia
5. Educação, treinamento e Informação
As cooperativas proporcionam educação e treinamento para os sócios, dirigentes eleitos, administradores e funcionários, de modo a contribuir efetivamente para seu desenvolvimento. Eles deverão informar o publico em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação
6. Cooperação entre Cooperativas
As cooperativas atendem seus sócios mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo, trabalhando juntas através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais (já temos diversos exemplos na prática de parcerias entre cooperativas: de consumo com agropecuárias, agropecuárias com trabalhho, de consumo com artesanato, das habitacionais com as cooperativas de trabalho na construção civil etc)
7. Preocupação com a Comunidade
As cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas por seus membros

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