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terça-feira, 4 de março de 2008

SALÁRIO - INDEXAÇÃO

SALÁRIO / INDEXAÇÃO

Os direitos dos trabalhadores (adquiridos com frequência depois de muitas dificuldades e lutas) são tomados como alvo por muitos tecnocratas, empresários e autoridades quando trata-se de definir as causas da crise. Existe uma tendência a questionar estes direitos no momentos de implementar medidas econômicas anti-crise.

A indexação toma formas diversas nos diferentes países onde tem sido aplicada: ajuste automático dos salários ao aumentar o "índice de preços" (custo de vida); ajuste periódico (trimestre ou semestre); outras formas reguladas ou não pela Convenção Coletiva de trabalho.

As opiniões divergem quanto a considerar o "sistema de indexação" como protetor ou não do poder aquisitivo do salário. Alguns acusam a indexação de estimular a inflação, contudo um Instituto Econômico da Alemanha depois de exaustiva pesquisa em vários paises europeus afirma: "é dificil estabelecer uma correlação entre o nível mais ou menos elevado da inflação e o grau de indexação salarial". Assim: Na Itália e Bélgica, onde existe um sistema de indexação salarial sólido, passaram respectivamente em 1980 por uma taxa de inflação de 20% e 6.6%. Na Alemanha e Inglaterra, onde o sistema não existe, a inflação foi de 5.5% e 18% respectivamente.
Em resumo, não se pode afirmar que a indexação salarial não influi no conjunto da economia, existe um certo aumento dos preços uma vez que as autoridades e os empresarios não controlam suficientemente os mesmos, mas a inflação depende de muitos outros fatores, e não tem sentido responsabilizar a indexação pelo conjunto da crise. (ver bibliografia: "Los salarios" , Manual da OIT; "Salários", Maurice Dobb, Editora: Fundo de Cultura Econômica, 3a.edicion, México 1981 (original de 1927). As publicações do Dieese trazem atualização sobre a situação salarial no Brasil.

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